O mais pesado órgão do corpo humano, representa 15% do peso corporal e cobre uma área de 12 a 20m2. Constituída por 70% de água, 25% de proteínas e menos de 5% de gorduras, a principal função da pele é proteger corpo, órgãos e ossos das agressões exteriores.
Para além de ser uma eficaz barreira contra vírus e bactérias, a pele tem também uma importante função sensorial, que permite sentir frio, calor e texturas.
Esta camada fina de pele é a responsável pela quantidade de água que se perde na transpiração e pela que se absorve, quando em contacto com a água. Esta dá origem aos anexos cutâneos que se seguem:
Unhas: são compostas por queratina que formam lâminas com consistência endurecida, e que confere protecção às extremidades dos dedos das mãos e pés.
Pêlos: estão presentes em quase toda a superfície cutânea, excepto nas palmas das mãos e plantas dos pés. O couro cabeludo é onde se concentra mais pêlo, concretamente entre 100 a 150 mil fios com um ciclo de renovação altamente eficaz, uma vez que diariamente se perde entre 70 a 100 fios.
Glândulas sudoríparas: são responsáveis pelo suor e têm grande importância na regulação da temperatura corporal. Estas glândulas são de dois tipos: as écrinas em maior número existem por todo o corpo e produzem o suor eliminando-o directamente na pele. E as apócrinas mais localizadas (axilas, púbis, zonas genitais…) e em menor número, são estas as responsáveis pelo odor corporal, resultante do suor produzido.
Glândulas sebáceas: produzem a oleosidade ou sebo que está presente em quase toda a pele, com maior concentração na face, couro cabeludo e parte superior do tronco.
É a camada mais espessa da pele. A derme é constituída por fibroblastos que produzem colagénio e elastina, proteínas que dão resistência à derme, pequenos vasos sanguíneos que alimentam a pele e nódulos linfáticos que protegem a pele de toxinas.
Esta é a camada mais profunda da pele, constituída maioritariamente por gordura. Tem como principal função amortecer e isolar o calor no corpo.
Pele normal: com textura fina, superfície suave e macia e muito flexível. Este é o tipo de pele mais equilibrado e o que menos problemas e imperfeições normalmente apresenta. Para uma limpeza eficaz utilizar sabonetes neutros e cremes hidratantes para peles normais, sem óleo.
Pele oleosa: com mais brilho devido ao excesso de sebo produzido, com poros dilatados e mais escuros devido às impurezas que se acumulam tem ainda maior tendência para borbulhas.
Pele seca: com aspecto baço, esta é a pele que requer mais cuidados, uma vez que envelhece mais rapidamente devido à falta de elasticidade e tem tendência para escamar. Usar produtos sem álcool e cremes hidratantes com textura leve e suave, de preferência com óleo de amêndoas doces.
Pele mista: esta é a tipologia mais comum, é uma combinação de pele seca com oleosa. Apresenta por norma a zona T (queixo, nariz e testa) mais oleosa com os poros mais dilatados, e olhos, boca e bochechas mais seca.
Pele sensível: é a mais frágil, irrita-se e cria inflamações muito facilmente. Por isso, manchas, ardor, escamações, são muito comuns neste tipo de pele, como tal é também a que exige mais cuidados especiais. Utilizar produtos específicos para pele sensível.
Transpira: ainda que por vezes se torne desagradável e incomodativo, a transpiração é uma forma de desintoxicar o corpo e queimar gorduras. Quando se transpira o corpo arrefece e, além disso, aumenta o fluxo sanguíneo, o que liberta toxinas e limpa o organismo.
Bronzeia-se e queima-se: a exposição solar provoca na pele uma reacção de protecção, com a estimulação dos melanócitos (células que protegem a pele do sol em excesso) para produção do pigmento protector contra o sol – a melanina. Mas este processo é lento e dura vários dias, o que significa que uma ida à praia sem protector e com baixo nível de melanina tem consequências nefastas para a pele, como alergias, cancro e tumor. Por isso, nunca esquecer um bom protector solar, chapéu-de-sol e evitar as horas de maior exposição solar, das 12H às 16H.
Enruga-se: um dos principais indicadores do envelhecimento do corpo são as rugas, principalmente as linhas verticais acima dos lábios e entre os olhos. Cada uma destas alterações apresenta diferentes causas, tais como o fumo do tabaco, a inflamação dos vasos sanguíneos ou a acumulação de stress. As rugas são resultado dos movimentos dos músculos faciais, que com o tempo e frequência criam um vinco bem profundo. A flexão repetida dos músculos cria uma inflamação e o colagénio é comprimido. A pele jovem consegue reagir e distende-se, mas à medida que envelhecemos as ligações entre a pele e o tecido conjuntivo subjacente distende-se, o que pode provocar a flacidez da pele e esta descai: o resultado é a formação de rugas.
Hidrate-se: a lista de ingredientes que pode realmente fazer a diferença é pequena, vitamina A, B3, B5, C e E. Tenha sempre em conta estes ingredientes, quando optar por uma loção ou creme corporal. Além disso não se esqueça de um bom protector solar, mesmo que não vá para a praia é essencial que opte por um creme ou loção com protecção UV.
Tenha uma alimentação saudável: opte por alimentos ricos em biotina, presente em ovos, legumes, abacates, feijão de soja e frutos secos, pois são excelentes aliados contra a pele seca. Abuse do salmão uma vez que contém astaxantina que contribui para a melhoria da elasticidade da pele, e ómega 3, a gordura boa, que rejuvenesce a sua pele. Nas frutas escolha a romã, responsável por tornar a epiderme mais espessa e de prolongar a vida dos fibroblastos que produzem colagénio e elastina. Beba chá verde, perfeito para combater as lesões provocadas pelos raios solares. Por último, elimine completamente o álcool da dieta, uma vez que desidrata a pele.
Durma bem: é essencial para estimular a hormona responsável pela saúde do fibroblasto e permite maior produção de colagénio e elastina que mantêm o bom estado da pele.
O que distingue o cabelo dos restantes pêlos que temos no corpo é a sua alta concentração no crânio e desenvolvimento em comprimento.
Liso, crespo, ondulado, loiro, preto, castanho, ruivo, seja de que forma e cor, o cabelo é mais do que um elemento estético, uma vez que funciona como protector térmico do crânio, protegendo a cabeça das radiações solares. Muitas vezes é também o primeiro indicador de alterações do organismo humano, funcionando como alerta de doenças.
Medula: localizada no interior do fio, é composta por sangue e oxigénio e é a única parte do fio de cabelo que está em contacto com o bolbo, a célula viva do cabelo.
Córtex: representa 90% do fio de cabelo e é composto por queratina. Força, resistência e vitalidade são algumas das funções do córtex.
Cutícula: é a última camada do fio de cabelo, composta por células de queratina que se sobrepõem umas às outras, sendo a sua função proteger a fibra capilar. A cutícula não tem cor, é totalmente transparente, sendo também a responsável pelo brilho do cabelo, ou seja, quando as suas células estão bem sobrepostas a luz reflecte muito mais facilmente.
O fio de cabelo não é mais do que uma haste formada por melanina e queratina, responsável pela flexibilidade e força do cabelo. A produção de queratina é feita na epiderme, a partir de aminoácidos, vitaminas e sais minerais. Desta forma, é essencial ter uma alimentação saudável, rica em nutrientes para que ajudem na produção de queratina.
A melanina é a responsável pela cor do cabelo! É uma proteína que pode assumir dois tipos: eumelanina responsável pelos tons mais escuros, do castanho ao preto e feomelanina que resulta quase em exclusivo em cabelo ruivo. Da mistura dos dois tipos, resultam as variações castanho claro, loiros e intermediários.
Pode-se atribuir a culpa à genética pela quantidade de cabelos brancos e em que idade começamos a tê-los. Mas a realidade é que é um processo inevitável, mais tarde ou mais cedo, as células produzem menos melanina até à sua natural extensão e surgem então os fios de cabelo brancos.
Portanto, os cabelos brancos não são sinónimo de danos, mas sim de alterações naturais ao nível celular.
Embora a herança genética seja responsável pela predisposição para a calvície, a idade e o nível de androgénios (as hormonas masculinas) são alguns dos factores que contribuem para a perda de cabelo. No caso dos homens, alguns estudos revelam que altos níveis de diidrotestosterona ou DHT (resulta do metabolismo da testosterona) enfraquecem os folículos pilosos, gerando cabelos finos e pequenos.
No caso das mulheres, a estas causas juntam-se factores como baixo nível de ferro, anemias, gravidez, pós-parto, doenças auto-imunitárias como a lúpus e doenças da tiróide.
1º Passo: Lave. Antes do duche, penteie o cabelo gentilmente para o desembaraçar e libertar de resíduos. Escolha sempre um champô adequado ao seu tipo de cabelo. Lave o cabelo com movimentos suaves que não danifiquem o cabelo e aproveite para fazer uma massagem ao couro cabeludo. Não acumule o champô no cimo da cabeça, reparta sempre por todo o comprimento do cabelo. Enxagúe muito bem para não ficar com resíduos no cabelo.
2º Passo: Hidrate. Os cabelos crespos ou frisados são os mais sensíveis e exigem muita hidratação por isso use e abuse do condicionador. Além de dar brilho, preserva a saúde do cabelo dando-lhe suavidade e protegendo-o de danos. O ideal será aplicar o condicionador a partir do meio do cabelo até às pontas. Opte sempre por amaciadores com ingredientes hidratantes, como o óleo de amêndoas doces, abacate ou azeitona. Uma ou duas vezes por semana, faça uma boa máscara para hidratar ao máximo o seu cabelo. Para uma hidratação mais eficaz, coloque óleo de amêndoas doces ou de argão nas pontas durante duas horas.
3º Passo: Seque. O cabelo molhado é muito delicado e quebra-se facilmente, por isso seque-o delicadamente com uma toalha. De seguida utilize um pente de madeira com dentes muito largos e arredondados para o desembaraçar melhor, mas se preferir pode também usar os dedos e assim mantém os cachos com aspecto mais natural. Nunca penteie o cabelo ao contrário, isso pode rasgar as escamas da cutícula e deixar o cortéx interno exposto. Por fim, finalize com o secador mas com a temperatura no mínimo.